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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Edward, Mãos de Tesoura.

Não se faz mais clássicos como este nos dias de hoje. Edward, mãos de tesoura foi lançado no Estados Unidos em 1990 com direção de Tim Burton e protagonizado por Johnny Depp, Winona Ryder e Dianne West.

O filme conta a história de um homem com mãos de tesoura que foi criado por um inventor que vivia em uma antiga mansão no alto de uma colina, o qual antes de morrer lhe daria a última parte faltante em seu corpo: as mãos. Porém, seu criador morre antes de completá-lo e Edward continua vivendo só e sem contato social e ainda com as suas mãos de tesoura.

Lindo enredo dramático, com conteúdo inteligente e emocionante, este filme nos fala sobre as diferenças e sobre o pensamento da sociedade norte-americana, onde o padrão americano do "tudo é perfeito" é quebrado através da figura de Edward, um homem inocente, estranho e só. A vida dos personagens é abalada diante da presença do indivíduo irreverente e as pessoas retratadas no filme acabam deixando de lado suas próprias vidas, interessadas em conhecer a vida alheia, cuja violência simbólica traz para Edward diversos problemas, até que o mesmo volte a ficar enclausurado novamente na torre de sua mansão.

A temática do filme nos faz refletir sobre a razão de tantos padrões na sociedade, principalmente padrões estéticos que nos regem mesmo que de forma inconsciente. O porquê da imposição da ideia de sermos sempre louváveis aos olhos dos outros se nem ao menos sabemos exatamente quem somos.

Os ditames que nos são impostos desde o nascimento, por uma sociedade massificada nos torna seres cujas identidades buscamos nos outros, naquilo que os outros fazem e naquilo que são. Esquecemos de olhar para nós mesmos e nos conhecer e acabamos regendo e sendo regidos pelo alheio. 

Edward é um ser a parte de tudo isso. Como um mero espectador simbólico de tudo o que a vida representa, ele testa a sociedade e descobre o quanto as pessoas podem ser fúteis e cruéis e o quanto o passar dos dias não passa de um mero espetáculo, independente dos sentimentos ou da razão de outrem.

O preconceito para com o personagem do filme, não está no fato de Edward ter mãos de tesoura, mas sim pelo fato dele ser alheio à vida cotidiana. As pessoas usam-no de diversas formas em proveito próprio e a inocência de Edward perante o mundo o conserva na solidão.

Muitos há que vivem nesta clausura, não em uma torre ou em qualquer lugar outro, mas na inocência de não saber lidar com o mundo e de ter que sofrer no silêncio da solidão mesmo estando entre muitos.

Flavi Cavalcante.

Um comentário:

  1. esse filme e ótimoooooooooooo

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